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Por que sentimos medo?

  • Foto do escritor: Glauce Babo
    Glauce Babo
  • 26 de ago.
  • 2 min de leitura

O medo é uma das emoções mais universais do ser humano. Ele aparece em diferentes culturas, idades e contextos, sendo um mecanismo essencial para a nossa sobrevivência. Embora muitas vezes seja visto apenas como um sentimento negativo, compreender sua função e origem nos ajuda a lidar melhor com ele.


O que é o medo?


O medo é uma resposta emocional diante de uma ameaça real ou percebida. Ele ativa sistemas fisiológicos e cognitivos que preparam o corpo para reagir, seja fugindo, enfrentando ou paralisando diante da situação. Essa reação é conhecida como resposta de luta, fuga ou congelamento.



As raízes biológicas do medo


Nosso cérebro possui estruturas específicas ligadas ao medo, sendo a amígdala a principal delas. Quando percebemos um perigo, a amígdala dispara sinais para todo o corpo: aumenta os batimentos cardíacos, acelera a respiração e libera hormônios como a adrenalina e o cortisol. Esse processo ocorre em milissegundos e garante que possamos reagir rapidamente.

Em termos evolutivos, o medo foi fundamental para que nossos ancestrais sobrevivessem a predadores, ambientes hostis e situações de risco. Sem essa emoção, a humanidade dificilmente teria chegado até aqui.



Medo real x medo imaginário


Embora o medo tenha uma função protetiva, ele também pode ser disparado por situações que não representam perigo imediato, mas que o cérebro interpreta como ameaçadoras.


  • Medos reais: atravessar uma rua movimentada, se deparar com um animal agressivo.

  • Medos imaginários: medo de falhar, de ser rejeitado ou de não corresponder às expectativas.


Esse segundo tipo de medo, muitas vezes, está relacionado a pensamentos automáticos, crenças limitantes e experiências passadas.



Quando o medo se torna um problema?


Sentir medo é natural. O problema surge quando ele se torna desproporcional, frequente ou impede a pessoa de viver de forma saudável. Nesses casos, pode estar relacionado a transtornos de ansiedade ou fobias, exigindo acompanhamento psicológico.



Como lidar melhor com o medo


  • Reconhecer a emoção: aceitar que sentir medo é humano e natural.


  • Identificar gatilhos: perceber em quais situações ele aparece com mais

intensidade.


  • Trabalhar pensamentos: questionar crenças que alimentam medos irreais.


  • Praticar técnicas de regulação: respiração, meditação, terapia cognitivo-comportamental (TCC) e Terapia de Aceitação e Compromisso (ACT) podem ajudar.


  • Buscar apoio: conversar com profissionais e pessoas de confiança torna o processo mais leve.



Conclusão


O medo não é inimigo. Ele é um guia de sobrevivência que, em doses equilibradas, nos protege de riscos reais. Aprender a diferenciá-lo e a regulá-lo é o caminho para transformar essa emoção em aliada, em vez de deixar que ela nos paralise.


Referências


  • LeDoux, J. E. (2015). Anxious: Using the brain to understand and treat fear and anxiety. Viking.

  • Ohman, A. (2008). Fear and anxiety: Overlaps and dissociations. In Handbook of Emotions (pp. 709-729). Guilford Press.

  • American Psychiatric Association. (2022). Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5-TR).

 
 
 

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       Psicóloga Glauce Babo    

   CRP: 05/14141

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